Esses fatores, combinados com a falta de oferta habitacional, ajudam a explicar o fato de que os preços das casas em Portugal registraram um crescimento anual de 6,5% no início deste ano, superior ao aumento do custo da habitação em todo o mundo (+3,6%).

O que também está claro é que esses fatores estão “acelerando o crescimento global dos preços das casas”, conclui o último relatório da Knight Frank analisado pelo idealista.

Ao analisar 56 países ao redor do mundo, a Knight Frank concluiu que o preço (médio) da casa aumentou 3,6% entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período do ano passado. E esse crescimento é maior do que o registrado no final de 2023, indicando que o custo da moradia está acelerando globalmente — mas permanece abaixo da média dos últimos 20 anos (+5,6%

).

“Com os custos da dívida começando lentamente a cair e com uma oferta limitada de casas à venda, o crescimento dos preços das casas nos mercados analisados cresceu em média 3,6% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado, 4 pontos percentuais a mais do que no trimestre anterior (+3,2%)”, destaca o relatório do Índice Global de Preços da Casa, preparado pela Knight Frank.

O que também está claro é que os preços das casas aumentaram na maioria dos países no último ano. Ou seja, as casas à venda ficaram mais caras em 45 dos 56 mercados analisados pela consultoria internacional (Portugal incluído). “Muitos mercados estão sofrendo com a falta de casas à venda, bem como com um ritmo lento de novas entregas em domicílio, o que significa que uma demanda habitacional relativamente saudável está empurrando os preços para novos máximos”, explica Liam Bailey, chefe global de pesquisa da Knight Frank, alertando que, no entanto, apenas custos mais baixos de crédito habitacional “apoiarão esse crescimento no longo

prazo”.

Por outro lado, como a inflação permanece alta em muitos mercados globais, a evolução dos preços reais das casas permanece negativa. Levando em conta a inflação, os preços das casas terão caído 0,4% em média nos últimos 12 meses. “O crescimento real dos preços está agora 3,3 pontos percentuais abaixo da média de longo prazo (últimos 20 anos) de 2,9%”, indica o documento

.