“Parece que houve, eu diria, um 'fogo de artifício', sobre se a medida deveria ou não ser implementada, se era ou não para avançar. Claro, é para seguir em frente. Uma medida aprovada na Assembleia [da República], promulgada pelo Presidente da República, tem apenas um caminho: é para ser aplicada, e aplicada na vida de todos nós”, afirmou Paulo Raimundo
.Falando num jantar de comício em Silves, no distrito de Faro, o líder do PCP destacou que a medida “fica muito aquém do que é necessário, fica muito aquém do que é necessário, está muito aquém do que é possível”.
“É curto, é insuficiente, poderíamos e deveríamos ter ido mais longe. Se a proposta do PCP tivesse sido aprovada, estaríamos melhor hoje, mas não foi isso que aconteceu. Essa foi a proposta que foi aprovada, e essa é a que deve ser implementada”, reforçou Paulo Raimundo
.O líder comunista apontou que a sua implementação pelo Governo “não é um problema de falta de meios, não é um problema de falta de recursos, é apenas um problema de vontade e escolha política”.
O Governo “que diz que não há dinheiro para o IRS”, continuou, “é o mesmo Governo que está disposto a entregar, nos primeiros quatro anos desta medida, 4,5 mil milhões de euros em IRC à Galp, EDP, Jerónimo Martins, Continente”.
“Para aqueles, sempre há dinheiro, para aqueles nunca há dificuldades, para aqueles nunca há nenhum problema de acertar as contas ou de insustentabilidade”, frisou.
Paulo Raimundo brincou que o Governo “tem o mérito de fazer muito, muito rapidamente”, mas “apenas da maneira certa para os objetivos de poucos” e para “um punhado de pessoas de grupos econômicos e dos mais ricos”.