De acordo com André Costa Jorge, o ponto de viragem foi a alteração da perceção das pessoas em relação aos refugiados. Antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, os portuguese viam os refugiados como pessoas diferentes, por não serem associados a cidadãos europeus. Durante outras crises de refugiados existia um maior choque cultural, criando algumas reticências quanto à aceitação das pessoas em território europeu, conforme diz o dirigente do Serviço Jesuíta aos Refugiados.

Na opinião de André Costa Jorge, o retorno de uma guerra a território europeu alterou até a forma como são acolhidos os refugiados. Tudo isso torna mais fácil a receção de outros refugiados vindos de outras zonas que não a Europa.

Apesar das melhorias, o antropólogo acredita que ainda há muito para fazer no âmbito do acolhimento dos refugiados. Os refugiados não foram colocados em campos, mas sim acolhidos por pessoas e associações, havendo uma vontade de não replicar o que aconteceu na Grécia.

O próprio pacto europeu das migrações era “um espaço de conflitualidade e de

Portugal recebeu, até ao momento, quase 35.000 pessoas provenientes da Ucrânia, desde o início do conflito, a 24 de fevereiro.