O comunicado foi feito pela porta-voz da conferência de líderes, Maria da Luz Rosinha, em declarações aos jornalistas no parlamento.

No final da conferência de líderes, o presidente do grupo parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, salientou que a eutanásia "é um tema ao qual o grupo parlamentar do PS disse que daria prioridade".

"É um tema que transita da última legislatura, foi apresentado nesta casa em conferência de imprensa e, portanto, nós entendemos que, cumprindo os prazos regimentais, aquilo que devíamos fazer era agendar o mais cedo possível um diploma que apresentámos nesta casa que foi amplamente discutido e que naturalmente merece a apreciação desta câmara com bastante urgência", disse.

Por sua vez, Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda, referiu que o seu partido já havia dado indicação para agendamento deste debate, mas saudou a iniciativa do PS por permitir "um debate temporalmente ainda mais alargado". E defendeu que "o debate que se vai iniciar agora no início de junho possa ter resultados rapidamente".

"Há um direito que deve ser salvaguardado na lei de dignidade, e por isso de despenalização da morte medicamente assistida, e há uma consequência do debate todo que existiu na legislatura anterior, que só não foi concluído por um veto político do senhor Presidente da República. Estamos perante um novo processo legislativo que na prática só serve para concluir o processo legislativo anterior, e por isso esperamos que seja rápido no resultado e rápido na garantia dos direitos para todos e todas nós", finalizou o deputado do BE.