Depois de se ter encontrado com o líder eleito, Luís Montenegro, e de este se ter reunido, em seguida, com o presidente da bancada, Paulo Mota Pinto, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas no parlamento se este tinha sido um dos temas abordados no encontro.

“Esse era um dos pontos de que era preciso falar, ninguém é contra a liberdade de voto, é uma tradição do partido e assim será”, afirmou no dia 3 de junho.

No próximo dia 9 de junho, serão debatidos em plenário diplomas do PS, BE e PAN para a despenalização da morte medicamente assistida e um do Chega que propõe um referendo sobre a matéria.

Questionado se também quanto ao referendo haverá essa liberdade de voto, Rio respondeu que “sim, é de repetir o que foi feito, há uma liberdade de voto completa”.

Enquanto Rui Rio foi líder do partido, houve sempre liberdade de voto nesta matéria, incluindo quando foi votada a proposta do CDS de realizar um referendo, em outubro de 2020. Nesse momento, existiu até controvérsia entre alguns deputados do PSD, que defendiam que o partido teria de votar a favor depois de o Congresso do PSD ter aprovado uma moção temática nesse sentido.

A 3 de junho, o líder parlamentar do PSD, Paulo Mota Pinto, disse que a posição do partido quanto à proposta do Chega de um referendo sobre a eutanásia estava ainda “em aberto” e “em processo de definição”, num almoço-debate do International Club of Portugal, em Lisboa, e questionado pelo antigo líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro se o PSD admitiria votar a favor de uma consulta popular.

O presidente do PSD, Rui Rio, é pessoalmente a favor da eutanásia e contra o referendo, enquanto o líder eleito Luís Montenegro é contra a eutanásia e a favor do referendo.