Com uma intensa agenda internacional, António Costa, mal se libertou dos processos de formação do Governo e da apresentação do Orçamento de Estado, começou a reunir-se com os principais líderes de países europeus. A sua próxima viagem está marcada para domingo, dia em que António Costa parte para Maputo para a Cimeira Luso Moçambicana, regressando logo na quarta-feira.

A agenda internacional é cada vez mais exigente para os líderes políticos europeus, algo que a crise provocada pela guerra na Ucrânia tem vindo a agravar.

Desde o primeiro dia dos cem já cumpridos pelo XXIII Governo Constitucional, de maioria absoluta do PS, que se discute se António Costa vai cumprir o seu mandato de primeiro-ministro até outubro de 2026, ou se sai a meio da legislatura para desempenhar um cargo europeu.

A questão foi lançada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, logo na cerimónia de posse deste novo Governo, em 30 de março, advertindo António Costa que será difícil a sua substituição a meio da legislatura.

"É o preço das grandes vitórias, inevitavelmente pessoais e intencionalmente personalizadas. E é sobretudo o respeito da vontade inequivocamente expressa pelos portugueses para uma legislatura. Agora que ganhou, e ganhou por quatro anos e meio, tenho a certeza de que vossa excelência sabe que não será politicamente fácil que esse rosto, essa cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições, possa ser substituída por outra a meio do caminho”, declarou.

No entanto, António Costa, apesar do gosto que tem pela agenda internacional, afastou quaisquer boatos. “Em circunstância alguma em 2024, quando quer que seja, eu estarei disponível para ser presidente da Comissão Europeia. Onde me sinto útil neste momento e até outubro de 2026 é aqui em Portugal", disse.