Este
ano, dois cães foram envenenados em junho. Os seus nomes eram Benny e Ziggy e
perderam a vida após terem sido envenenados enquanto passeavam livremente em
Vales de Pêra, no Algarve. Esta situação ocorreu num caminho "onde as
pessoas andam de bicicleta, passeiam os seus cães e fazem caminhadas. Não se
trata de propriedade privada", garante Anita, a proprietária destes animais.
Anita
vive em Alcantarilha há 15 anos e passeia os seus cães em Vales de Pêra há
seis. "Conheço muito bem o local. Vou lá cerca de três vezes por semana. Desde
o sucedido, vou lá todos os dias para ver se encontro uma pessoa
suspeita".
Estes
dois cães viveram uma vida feliz com Anita até terem sido envenenados no mês
passado. Ambos os cães foram resgatados na infância por Anita que os acolheu na
sua casa. Um deles havia sido resgatado após ter sido deixado ao abandono dentro
de uma habitação inabitada quando os seus donos mudaram de casa.
No ano passado
O
outro caso ocorreu no ano passado exatamente no mesmo dia e no mesmo local. No
ano passado, Jeff Turner, proprietário do animal envenenado, relatou o
caso ao The Portugal News,
denunciando-o também à GNR, tal como fez Anita.
O The Portugal News confirmou esta informação junto da GNR, que comunicou
que: "Uma das situações aconteceu em junho de 2021, onde o proprietário
denunciou que o seu cão, depois de farejar um arbusto, caiu inanimado no solo e
acabou por morrer. A outra situação aconteceu em junho deste ano, onde o
proprietário verificou que os seus dois cães, que passeavam sem trela, terão
perdido as forças e terão caído inanimados. Os canídeos foram, ainda,
assistidos por um veterinário mas acabaram também por morrer".
Página de Facebook
Embora
a GNR apenas tenha confirmado estes casos, Anita calcula um total de 15 cães a
morrer vítimas de envenenamento em Vales de Pêra. No entanto, a maioria dos
casos apenas dão entrada no veterinário ou nunca chegam a ser comunicados.
No
ano passado, quando o seu cão morreu envenenado, Jeff criou uma página no
Facebook que visa alertar as pessoas para situações de envenenamento de animais.
Porém, um ano depois, o problema ainda está por resolver.
"Ainda
não sabemos quem está por detrás disto. Pode ser alguém que tenha algo contra
animais, algum psicopata ou alguém que não queira que passeemos lá os nossos
cães", disse Anita.
Por
conseguinte, Anita apela a todos aqueles que viram os seus cães morrer nestas
circustãncias que denunciem o sucedido, pois, a manter-se, esta situação pode
tornar-se bastante perigosa, não apenas para os animais, mas para todos. "Até
uma criança pode tocar nesse veneno, pois está presente num lugar onde as
pessoas até podem sentar-se debaixo de uma árvore e fazer um piquenique",
concluiu.
Paula Martins is a fully qualified journalist, who finds writing a means of self-expression. She studied Journalism and Communication at University of Coimbra and recently Law in the Algarve. Press card: 8252