O Festival das Artes QuebraJazz surgiu da combinação de dois eventos distintos. Miguel Lima, diretor do festival disse ao The Portugal News que já em 2012 organizava o QuebraJazz, na escadaria do Quebra Costas, entre a Alta e a Baixa de Coimbra. Em 2019, recebeu o convite para a parceria e aceitou dirigir o festival como agora é conhecido.

O Festival das Artes, por sua vez, surge da ideia “da arquiteta paisagista Cristina Castelo Branco”, que fez um anfiteatro na Quinta das Lágrimas. Ao longo do tempo “a arquiteta foi magicando a ideia de fazer um festival multi-artes”, onde não existisse apenas música, mas também conferências, gastronomia e literatura, por exemplo.

Logo quando a parceria foi consolidada, o mundo teve o azar de lidar com a pandemia de covid-19, apesar de todas as restrições, em 2020 foi possível realizar um concerto especial, dedicado ao 50º aniversário de Bernardo Sassetti. Apesar de não poder ser realizado na escadaria do Quebra Costas, em 2021 também foi possível receber alguns artistas.

Após dois anos sem poder realizar o festival na sua plenitude, Miguel Lima admite que “requer uma grande motivação”, no entanto com a felicidade de poder voltar “ao normal.” Em 2022, a população teve a oportunidade de sair da cidade de Coimbra e ver um concerto no castelo de Montemor-o-Velho, assim como outro, já em Coimbra, no local onde o famoso Zeca Afonso ensaiava.

O festival, para já teve a sua maior enchente no dia 18 de julho. Cerca de “1100 pessoas” estiveram presentes para ver um grupo de gospel, que fez toda a audiência vibrar num dia em que a lotação esteve praticamente esgotada. O QuebraJazz tem entrada gratuita e acontece numa zona de movimentação turística, assim como tem à sua volta vários estabelecimentos que recebem o evento “de braços abertos”, segundo Miguel Lima. Por ter entrada gratuita, o diretor do festival admite que é complicado “quantificar as pessoas” que vão ao festival, mas estima que entre 400 e 600 pessoas marcaram presença nos primeiros dias do festival.

Durante a próxima edição, Miguel Lima revelou ao The Portugal News, que um dos concertos acontecerá nas ruínas de Conímbriga, assim como uma vontade de regressar ao castelo de Montemor-o-Velho.


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Deeply in love with music and with a guilty pleasure in criminal cases, Bruno G. Santos decided to study Journalism and Communication, hoping to combine both passions into writing. The journalist is also a passionate traveller who likes to write about other cultures and discover the various hidden gems from Portugal and the world. Press card: 8463. 

Bruno G. Santos