Conhecida pelos seus espetáculos de Ano Novo, ou até mesmo por ter sido o berço de estrelas como Cristiano Ronaldo, a ilha da Madeira foi descoberta em 1419, durante o período dos Descobrimentos por Tristão Vaz Teixeira, Bartolomeu Perestrelo e João Gonçalves Zarco. A ilha foi apelidada de Madeira, precisamente pela abundância do material em todo o seu território.

Atualmente, a ilha é um dos pontos turísticos mais procurados em Portugal. Segundo dados da Direção Regional de Estatística da Madeira, até junho de 2022, foram registadas mais de 948 mil dormidas nos alojamentos turísticos da Região Autónoma, sendo que mais de 137 mil correspondem a turistas estrangeiros.

O clima na Madeira costuma ser constante, mantendo-se sempre com temperaturas amenas, entre os 22 e os 15 graus Celsius. Em toda a ilha existem microclimas e é chamada por alguns como a Ilha das Quatro Estações, precisamente porque durante o dia pode-se sentir tudo o que, no Continente, sentimos apenas em determinadas épocas do ano.

A Madeira acabou por crescer devido ao turismo, com festividades próprias, reconhecidas pelo mundo, como as celebrações de Ano Novo, ou até mesmo os desfiles de Carnaval. A região consegue atrair qualquer um pelos seus eventos, mas acima de tudo pela sua cultura e riqueza natural.



Poncha

A Poncha é a bebida alcoólica tradicional do arquipélago da Madeira. Pouco se conhece sobre a sua origem, mas sabe-se que durante o século XIX a bebida era bastante consumida pelas famílias madeirenses, de todas as classes sociais. Alguns estudos sugerem que a poncha resultou de uma forma de conservar o limão durante os descobrimentos, de forma a ser consumido e evitar o escorbuto, por falta de vitamina C. Assim, o limão seria conservado em aguardente e açúcar de canas oriundas da Madeira. O que é certo é que hoje a Poncha tem como base esses três ingredientes.

Mais tarde a bebida era consumida por pescadores, para aquecerem o corpo antes de seguirem para o mar, hoje a bebida pode não aquecer pescadores, mas certamente que ajudará a curar constipações e dores de garganta.

Atualmente, existem vários sabores de poncha, nomeadamente de frutos tropicais e outras variantes de citrinos, de forma a agradar todos os paladares e conferir a melhor experiência possível.



Mercado dos Lavradores

Inaugurado a 25 de novembro de 1940, o Mercado dos Lavradores, situado no centro do Funchal merece, sem dúvida, uma visita obrigatória. Para além da habitual azáfama conferida em qualquer mercado, o ambiente é certamente a melhor parte da visita.

Repleto de frutos tropicais, oriundos precisamente da ilha da Madeira, o mercado estará sempre cheio de cor. Em certas bancas, os vendedores convidam quem lá passa a provar algumas das frutas, desde as mais diversas espécies de maracujá até à famosa banana da madeira. A estratégia costuma nunca falhar, até porque a explosão dos sabores, de frutas que só se encontram na região, vai certamente fazer com que toda a gente queira levar para casa um pouco da ilha que já tomou conta do seu coração.



Cestos do Monte

Uma dose de adrenalina nunca chateou ninguém, assim sendo, a Madeira permite aos visitantes que façam uma viagem no Carros de Cesto do Monte. Os Carros de Cesto surgirem no século XIX, para transportar, de forma mais rápida, pessoas do Monte até ao Funchal. Com o passar dos tempos, não demorou muito até que o meio de transporte passasse a ser uma das mais procuradas atrações turísticas da Madeira.

Os carros não têm rodas e para deslizarem melhor são untados com sebo e conduzidos pelos Carreiros do Monte. Estes homens estão todos identificados por um número, que dita a ordem de condução do carro. Se a última viagem do dia for feita pelo senhor com o número 43, no dia a seguinte é o 44 que inicia as viagens. A condução dos carros de cestos é transmitida de Carreiro em Carreiro. Quando um Carreiro do Monte se quer reformar, tem a função de ensinar a um mais novo como se conduzem os cestos, para mais tarde lhe atribuir o seu número.

Conforme as condições climatéricas, os carros podem atingir entre os 15 e os 38 quilómetros hora, enquanto descem pelas ruas mais pitorescas da região.



Casinhas de Santana

Estas habitações são uma das imagens mais conhecidas da Madeira, visível em vários ímanes e postais.

As casas triangulares remetem para a época dos descobrimentos. Feitas em colmo e madeira, por questões económicas, mas também por ajudar a drenar a água das chuvas e equilibrar a temperatura no interior da habitação.

As habitações continham apenas um sótão, para guardar os produtos agrícolas e um piso com a área residencial, com cozinha e quarto. Hoje já não são habitáveis, mas podem ser visitadas, numa experiência em que se poderão ver reconstruções do interior das casas, de forma a entender como era a vida na altura da sua construção.

A ilha da Madeira é certamente um local a ser visitado por todos os que se interessem pela Natureza e queiram passar um período de descanso num local como não há igual. Por isso, agende o seu voo e tente encontrar o carro ideal numa rent-a-car, pois assim terá uma das melhores experiências da sua vida.


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Deeply in love with music and with a guilty pleasure in criminal cases, Bruno G. Santos decided to study Journalism and Communication, hoping to combine both passions into writing. The journalist is also a passionate traveller who likes to write about other cultures and discover the various hidden gems from Portugal and the world. Press card: 8463. 

Bruno G. Santos