“Temos de encontrar soluções, porque senão isso vai pesar nos orçamentos do Estado e das autarquias, quando ainda temos um Portugal 2020, no caso dos programas operacionais, com 2.500 milhões de euros por executar”, disse Ana Abrunhosa, que falava aos jornalistas em Soure, no distrito de Coimbra.


Segundo a ministra, a solução pode passar pela retirada de fundos de projetos que não foram executados e colocá-los nos projetos que estão em execução, cujos custos de construção estão a aumentar e obrigam a uma revisão de preços, mas é necessário ainda “conversar com a União Europeia”.


“Não adianta andarmos aqui a anunciar coisas quando ainda há algum trabalho a fazer”, disse a ministra, explicando que existem 2.500 milhões de euros por executar no Portugal 2020 porque os concursos ficam desertos e, por exemplo, na região Centro, tem havido catástrofes o que leva muito dos municípios a preocuparem-se com essas questões.


Numa altura em que a maior parte das empreitadas ficou 20% mais cara, em média, "em cinco concursos quatro ficam desertos e, portanto, estamos a falar de uma situação no setor da construção que é muito preocupante”, disse a governante, referindo que “grande parte” das empreitadas ficou 20% mais cara.