"As reclamações dos consumidores dirigidas aos sites de reserva de viagens mais do que duplicaram no primeiro semestre do ano. As queixas sobre as agências de viagens também aumentaram", lê-se num comunicado do Portal da Queixa, que reforça o alerta para as burlas e recomenda aos consumidores que "pesquisem o Índice de Satisfação das marcas e empresas para garantir uma boa experiência".
Segundo o Portal da Queixa, os sites de reserva de viagens geraram 1.253 reclamações no primeiro semestre de 2024, o que representa um aumento de 113,5% face ao mesmo período de 2023, quando foram registadas 587 reclamações.
No total, 54,4% das queixas recebidas estavam relacionadas com cobranças indevidas, concretamente o "débito de valores não autorizados e não reconhecidos pelos consumidores", seguindo-se as dificuldades no reembolso, que representaram 14,6% das reclamações, enquanto os problemas com o cancelamento de reservas motivaram 8% das queixas.
"5,9% das reclamações registadas no primeiro semestre do ano tiveram origem em casos de fraude, em que os consumidores denunciaram esquemas fraudulentos e afirmaram ter sido enganados", destaca o Portal da Queixa, indicando que problemas com a emissão de facturas também motivaram 4,2% das queixas.
Já a categoria das Agências de Viagens registou, nos primeiros seis meses do ano, um aumento do número de reclamações de 7,1%, com um total de 167 queixas, contra 156 reclamações no mesmo período do ano passado.
"Os problemas com reembolsos motivam a maior fatia de reclamações (25,9%). A qualidade do serviço/alojamento representa 20,1%, onde são reportados casos de serviços que diferem dos descritos aquando da contratação do serviço", resume o Portal da Queixa.
A questão das cobranças indevidas também motivou 11,5% das reclamações, seguindo-se os problemas com cancelamentos de reservas, com 10,8% das queixas, enquanto os alegados casos de fraude foram o motivo de 8,6% das queixas contra as agências de viagens.