Os trabalhadores realizaram duas greves parciais nos dias 6 e 14 de novembro, que tiveram uma adesão de cerca de 90%, levando ao encerramento de todas as estações.
Em declarações à agência Lusa, Sara Gligó, da Fectrans, disse que entre as duas greves parciais, o conselho de administração do Metropolitano de Lisboa marcou uma reunião para tentar desmobilizar a greve do dia 14, mas que acabou por não surtir efeito.
"A solução apresentada pelo conselho de administração não é uma solução que esteja nas mãos dos sindicatos. É uma solução legal relativamente ao pagamento de variáveis. Queremos uma resolução de todas as questões de variáveis a partir de 2023. O conselho de administração assumiu com o trabalho que iria pagar este ano as variáveis referentes a 2023 e 2024 e isso não aconteceu", disse.
A dirigente sindical disse ainda que, para além do pagamento das variáveis, os trabalhadores querem a abertura dos regulamentos de carreiras.
"As nossas carreiras estão estagnadas desde 2009 e nós entendemos que os trabalhadores precisam de ver as suas carreiras valorizadas, não só monetariamente, mas também em termos do seu desempenho profissional, em termos da sua avaliação", disse.
Na semana passada, o Metropolitano de Lisboa(ML), na sequência das greves parciais convocadas pelos sindicatos, esclareceu que sempre pagou "todas as remunerações" e que ainda não tem decisões judiciais que permitam alterações remuneratórias.
Em nota, o ML informou que "sempre cumpriu com o pagamento de todas as remunerações devidas aos seus trabalhadores, nos termos da lei e dos respectivos acordos de empresa, nomeadamente no que respeita ao trabalho suplementar", aos dias de descanso e a "outras variáveis remuneratórias".
O Metropolitano de Lisboa opera diariamente com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião). Normalmente, o serviço funciona entre as 06:30 e a 01:00.