Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado disse que já enviou uma mensagem ao novo Papa, em nome do povo português, "de felicitações e, ao mesmo tempo, sublinhando as relações antigas, históricas, fundamentais entre a Igreja e Portugal e o papel da Igreja Católica ao longo da história da humanidade".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a escolha do cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, que também tem nacionalidade peruana, "foi uma surpresa, mas é uma surpresa que, à primeira vista, faz sentido",

O Presidente da República destacou a sua "origem norte-americana, com um toque latino-americano", devido ao período que passou no Peru, e considerou que tem "uma grande preocupação com a paz, a abertura ecuménica, a abertura ao mundo".

"Dá a sensação de um compromisso entre ser um seguidor do Papa Francisco, próximo dele nos últimos anos, não tão falado como outros nomes que foram muito falados, mas também abrir-se a um mundo novo completamente diferente, as Américas", disse.

O chefe de Estado afirmou que o novo Papa "é muito jovem", com 69 anos, e que tem a perspetiva de "um longo pontificado".

Na sua opinião, a escolha dos cardeais eleitores da Igreja Católica corresponde à ideia de "não ser a Europa a escolher sucessivamente os Papas, mas sim uma rotação dos continentes".

"Pensou-se muito se seria asiático, se seria africano. Desta vez não", comentou.

O Presidente da República destacou que os cardeais eleitores da Igreja Católica escolheram "alguém próximo do Papa Francisco, muito próximo, porque esteve com ele na Cúria Romana nos últimos anos, foi escolhido pelo Papa para ser o chefe do ministério dos bispos".

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou esperar que o novo Papa venha do "pequeno número" de cardeais que, por estarem em Roma, são "conhecidos de todos os bispos e de todos os cardeais".

Quando lhe perguntaram se acha que o Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, tem razões para estar feliz pelo facto de o novo Papa ser americano, ou não, respondeu: "Não sei, olha, nem sequer pensei nisso".

O cardeal americano Robert Francis Prevost, 69 anos, foi eleito Papa pelos 133 cardeais eleitores, após dois dias de conclave, e tomou o nome de Leão XIV.