O último ônibus incendiado foi registrado em Arrentela, no município do Seixal, distrito de Setúbal, disse a mesma fonte.
A PSP registou também incêndios em lixeiras na Amadora, Sintra, Oeiras, Odivelas, Barreiro, Lisboa e Almada, na sequência dos tumultos que se seguiram à morte de um homem baleado pela polícia, na Amadora, na madrugada de segunda-feira.
Duas pessoas foram detidas na noite de quarta-feira em Pontinha, Odivelas, disse anteriormente à Lusa fonte da PSP.
A fonte não especificou, no entanto, o motivo que levou à prisão dessas duas pessoas.
Na quarta-feira à noite, a PSP já tinha confirmado à Lusa uma sucessão de focos de incêndio em vários municípios da Área Metropolitana de Lisboa, no mesmo contexto.
Na Amadora, os incêndios se alastraram aos veículos, confirmou o responsável, que não soube especificar o número total de incidentes.
De acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 2h30 houve mais de uma dúzia de incidentes relacionados com “escombros” nos distritos de Lisboa e Setúbal, nomeadamente em Queluz (município de Sintra), Alfragide (Amadora), Camarate (Loures), Carcavelos (Cascais), Carnide (Lisboa), Mina de Água (Amadora), Corroios (Seixal), Caparica (Almada) e Moita.
Odair Moniz, 43 anos, cidadão cabo-verdiano, e residente no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de segunda-feira, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo município, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
De acordo com a PSP, o homem “fugiu” depois de ver uma viatura policial e “meteu-se em apuros” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “resistiu à prisão e tentou atacá-los com o uso de uma arma branca”.
A associação SOS Racismo e o movimento Vida Justa contestaram a versão policial e exigiram uma investigação “séria e imparcial” para determinar “todas as responsabilidades”, considerando que “está em jogo uma cultura de impunidade” na polícia.
A Inspeção-Geral da Administração Interna abriu uma investigação urgente e a PSP também anunciou uma investigação interna, enquanto o agente que atirou no homem foi nomeado réu.
📌 Casal da Mira, Portela de Carnaxide, Bairro do Zambujal.
Assaltos, agressões, caixotes a arder, autocarros a arder.
Não se passa nada, nem vai ficar pior. Juro Joca.
Vídeos da estação oficial das Sensações @Alentej4n0 pic.twitter.com/JV0KxBizoC — ueno (@u_0en0) 22 de outubro de 2024 Desde a noite de segunda-feira,
tumultos foram registrados no Zambujal e, na terça-feira, em outros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, onde ônibus, carros e latas de lixo foram queimados e três pessoas foram presas
.Dois policiais receberam tratamento hospitalar devido ao lançamento de pedras e dois passageiros dos ônibus incendiados sofreram pequenas facadas.
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