“Não temos dúvidas de que o impacto nessas áreas é significativo, porque estamos falando do ponto de vista do turismo. Os impactos estão em hotéis e acomodações de turismo rural, onde as reservas estão sendo perdidas e onde os visitantes estão adiando suas viagens”, disse ele.

Em declarações à agência noticiosa Lusa, Rui Ventura aludiu às imagens de destruição que retratam a forma como as chamas estão a atingir a região e que acabam por atingir o mundo inteiro.

“Isso também cria uma percepção de insegurança e inacessibilidade ao território, o que não é verdade, porque o centro de Portugal é muito mais do que a área que está queimando. Mas a área que está a arder é muito importante para a afirmação do Centro de Portugal como destino de turismo paisagístico”, sustentou.

De acordo com Rui Ventura, que assumiu o cargo de presidente em abril, o Turismo Centro de Portugal é solidário com os prefeitos e empresários da região que estão passando por “essa tragédia ambiental”.

“É uma ferida aberta no coração do centro de Portugal, um território que prospera em sua paisagem, sua autenticidade e também sua própria hospitalidade”, acrescentou.

Ele disse à Lusa que os serviços do Turismo do Centro já estão contactando presidentes de câmaras municipais, empresas de alojamento, hotelaria e restauração, em colaboração com o Turismo de Portugal e o Estado, “para encontrar medidas para lidar com o impacto no território”.

Resiliência

“Esta é uma região de pessoas resilientes, empreendedores resilientes e muita esperança. Portanto, o Turismo Centro de Portugal está atualmente planejando o que reafirmará a marca Centro de Portugal. O Centro de Portugal não foi completamente incendiado; ainda tem muito a oferecer”, afirmou.

O presidente do Turismo Centro de Portugal disse ainda que estão previstas iniciativas em áreas que arderam, como o Trail Mont-Blanc, que acontecerá nos municípios de Arganil e Pampilhosa da Serra em maio de 2026.

“Vamos reconstruir essa região e fazer com que as pessoas possam continuar a vir para a região durante a baixa temporada, no momento em que renascemos”, concluiu.

Portugal continental tem sido afetado por vários grandes incêndios rurais desde julho, especialmente nas regiões Norte e Centro.