Segundo dados divulgados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) referentes a 31 de março, primeiro mês com restrições impostas pela resolução do Conselho de Ministros para combater a seca no Algarve, “os municípios algarvios não ultrapassaram” o volume fornecido no período homólogo de 2023, apresentando uma poupança de 884 mil metros cúbicos de água.

O setor agrícola e do golfe também gastaram menos água, consumindo no total menos 870.000 metros cúbicos, comparativamente com o mesmo mês de 2023.

Apesar da redução dos consumos em todos os setores, o Algarve mantém-se em situação de seca hidrológica extrema, com níveis muito baixos da água subterrânea e das reservas superficiais, refere aquela entidade.

De acordo com os dados disponibilizados pela APA, das 19 entidades responsáveis pelo abastecimento urbano de água no Algarve, 15 dos 16 municípios algarvios reduziram em março os consumos: Albufeira (-18,78%), Alcoutim (-38,89%), Aljezur (-14,40%), Castro Marim (-29,46%), Lagoa (-26,71%), Lagos (-14,52%), Loulé (-14,31%), São Brás de Alportel (-11,83%), Silves (-23,99%) e Vila do Bispo (-28,8%).

A redução verificou-se também em todas as empresas municipais de abastecimento urbano: Infralobo (-37%), Inframoura (-30,59%) e Infraquinta (-24%), no concelho de Loulé; Águas de Vila Real de Santo António (-10,55%), AmbiOlhão (-14,8%), EMARP/Portimão (-10,85%), Fagar/Faro (-11,02%) e TaviraVerde (-11,16%).

Apesar da redução registada em maior parte dos municípios, o município Monchique registou um ligeiro aumento de 0,02% de consumo de água.

O Governo admitiu elevar o nível das restrições, que podem ir até à declaração do estado de emergência ambiental ou de calamidade, caso as medidas implementadas sejam insuficientes para fazer face à escassez hídrica na região.