Quatro anos depois e após um investimento na ordem dos 22,3 milhões de euros, o emblemático mercado do Porto vai reabrir as portas já no final do verão, continuando a funcionar como mercado de frescos, com espaços comerciais e de restauração.

Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, anunciou no dia 13 de junho, que o Mercado do Bolhão reabrirá portas no dia 15 de setembro, depois de quatro anos de obras de requalificação. “Podem marcar na agenda”, sugeriu.

Segundo Rui Moreira, neste momento estão a decorrer as últimas obras nos restaurantes que se encontram “na ferradura sobre o primeiro andar” do equipamento, sendo que as mesmas estão ainda em curso porque a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) “exigiu que cada um dos projetos tivesse um parecer autónomo”.

Este mercado emblemático foi construído no início do século XX, tendo sido posteriormente inaugurado em 1914, no início da I Guerra Mundial. Em 2006, o edifício que apresenta traços de arquitetura neoclássica foi considerado imóvel de interesse público.

Para garantir “um maior número de espaços a funcionar” e dar “tranquilidade à transferência dos comerciantes” o mercado do Bolhão foi alvo de uma obra de restauro que durou cerca de quatro anos. A empreitada de restauro e modernização do Mercado do Bolhão foi adjudicada ao consórcio formado pela Lúcias e pela Alberto Couto Alves, por 22,379 milhões de euros, com um prazo global inicial de execução de cerca de dois anos.

Em janeiro foram lançados múltiplos concursos públicos pela GO Porto (Gestão e Obras do Porto) para a atribuição de licenças de utilização de bancas e contratos de utilização de restaurantes e de arrendamento comercial de lojas no Mercado do Bolhão.

De regresso ao Mercado do Bolhão estão os antigos comerciantes que durante as obras estiveram a trabalhar um espaço temporário instalado a 200 metros do Mercado do Bolhão, na cave do centro comercial La Vie (antigo shopping GranPlaza).

No sentido de auxiliar estes comerciantes a executar obras de adaptação dos espaços do edifício, a Câmara aprovou um apoio financeiro de 2,13 milhões em julho de 2021 a distribuir por 25 comerciantes.