No dia 17 de junho, o deputado comunista Bruno Dias disse, através de um vídeo, que ao atribuir à EasyJet 18 'slots' da TAP, no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, a Comissão Europeia está a dar “mais um rude golpe para a transportadora aérea de bandeira”, comprometendo o futuro da companhia de bandeira portuguesa.

Após dois anos de quase inatividade do setor aéreo por causa da pandemia, o PCP considerou que a abordagem do Governo deveria contribuir para potenciar “mais oportunidades para o crescimento da TAP”.

Por isso, o partido desafia o Governo a “fazer frente a estas imposições que a União Europeia coloca” que consistem na atribuição de 18 'slots' diários da TAP no aeroporto de Lisboa à easyJet por ser a companhia com “maior capacidade de lugares” até 2025.

Fonte oficial da Comissão Europeia explicou que “a classificação da easyJet teve por base a capacidade de lugares no aeroporto de Lisboa oferecida utilizando as faixas horárias de recurso durante o período de 2022-2025”.

“A companhia aérea que oferecesse a maior capacidade de lugares seria a primeira classificada” para receber estes 'slots', que são faixas horárias para descolagem e aterragem, acrescentou.

“A Comissão classificou as propostas apresentadas pelas companhias aéreas que preenchiam os critérios de elegibilidade e foram consideradas credíveis do ponto de vista operacional e financeiro e no que respeita à legislação da concorrência da UE”, assinalou fonte da Comissão Europeia.

Questionada sobre os próximos passos, a instituição adiantou à Lusa que “terá de aprovar o acordo de transferência de faixas horárias antes da sua assinatura”.

“As faixas horárias serão disponibilizadas pela TAP Air Portugal para atenuar eventuais distorções indevidas da concorrência criadas pelo auxílio à reestruturação”, permitindo agora à EasyJet “começar a explorar novas rotas a partir de 30 de outubro de 2022”, acrescentou a Comissão Europeia em comunicado.

A outra companhia aérea que concorreu aos slots da TAP foi a também lowcostRyanair, que no dia 13 de junho disse à agência Lusa ser a candidata “mais fiável” face à EasyJet.

Entendimento diferente teve Bruxelas, que optou assim por dar o primeiro lugar à EasyJet.