“Nós assumimos compromissos que sabemos que podemos cumprir. (…) De uma forma séria, não podemos objetivamente comprometer-nos com uma data [para atingir os 2% do PIB destinados à Defesa], atenta a situação de incerteza que a economia global está a viver, com um enorme crescimento da inflação, com uma pressão sobre as taxas de juros, e a grande determinação que temos de uma forte redução da nossa dívida pública”, referiu António Costa.

António Costa foi questionado à chegada do Parque de Exposições de Madrid, onde decorre a cimeira dos chefes de Estado e de Governo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), sobre quando é que Portugal poderá atingir a meta estabelecida pelos Estados-membros da NATO na cimeira do País de Gales, em 2014, quando se comprometeram a reservar 2% do PIB à Defesa.

“Portugal, neste momento, vai cumprir para o ano o objetivo que tinha assumido, por escrito, para 2024: atingir 1,66% do Produto Interno Bruto (PIB)” destinado à Defesa, pois quando em 2018 Portugal assumiu o compromisso de atingir esses 1,66% em 2024, tinha ficado definido que poderia chegar aos 1,98% no mesmo ano caso fossem disponibilizados os “recursos comunitários” que estavam previstos.

No entanto, “aqueles que estavam previstos na altura, deixaram de existir. Sabemos que já não existem, estão em discussão novos. Se vierem novos, as coisas podem-se alterar. Não se alterando, nós podemos ter um compromisso [para], relativamente ao longo da década, convergir para esse objetivo”.