"Hoje em dia, Portugal é central para o desenvolvimento das empresas francesas na Europa, porque Portugal é um dos países com maior taxa de crescimento, entre 6 a 7% este ano, e muitas empresas querem desenvolver-se nos mercados lusófonos, sendo uma plataforma para os restantes países de língua oficial portuguesa", disse Richard Gomes, diretor do Business France em Portugal e em Espanha, em declarações à Agência Lusa.


O Business France é um órgão oficial da administração gaulesa com cerca de 70 escritórios espalhados no Mundo para promover as empresas francesas e o investimento em França. Por sua vez, o Fórum de Negócios é uma iniciativa do Business France integrado na Temporada Cruzada entre França e Portugal que desde fevereiro tem aproximado os dois países.


"Neste ano de 2022, há uma relação especial entre a França e Portugal e hoje é uma oportunidade de desenvolver as relações entre os dois países, procurando complementaridades quer seja no ambiente, na tecnologia, nas relações entre as pessoas, e, no Senado, é importante mostrar esta ligação aos territórios que se desenvolvem através da cooperação das nossas empresas", afirmou Louis-Jean de Nicolay, senador da região de Sarthe e presidente do grupo de amizade entre a França e Portugal no Senado.


Com a França a posicionar-se como o segundo cliente de bens a Portugal e o primeiro cliente a nível de serviços, os empresários franceses procuram agora novas oportunidades nomeadamente através do Plano de Recuperação e Resiliência e apostando em parcerias com empresas nacionais.


"As empresas francesas não estão só à procura de um distribuidor ou um fornecedor em Portugal, estão à procura de parcerias tecnológicas ou financeiras e mesmo em países terceiros, como o Brasil", explicou Richard Gomes.


Este Fórum serve também para colocar as empresas em contacto, com encontros bilaterais promovidos em B2B hoje e na sexta-feira em formato presencial e através de videoconferência.


Para Richard Gomes, mesmo com um mercado já conhecido para as empresas francesas, continua a ser importante ter interlocutores em Portugal devido à língua, mas também à cultura.


"Há uma dificuldade que as empresas francesas nos falam muito em Portugal que tem a ver com a dificuldade que as empresas portuguesas têm de dizer não, ficando depois complicado perceber se o negócio deve avançar ou não e nós temos de descodificar estas questões culturais", detalhou.