Depois de, no final de maio, ter sido anunciada uma Declaração de Impacte Ambiental favorável à mina de lítio do Barroso, em Covas do Barroso, Boticas, decisão criticada pela autarquia, o presidente da Câmara disse à Lusa que está agora a preparar a oposição à mina do Romano, no concelho vizinho de Montalegre.


"É tudo uma confusão, tudo junto. Não temos mãos a medir", afirmou Fernando Queiroga.


A reformulação do projeto de "Concessão para Exploração de Depósitos de Lítio e Minerais Associados - Romano", da Lusorecursos, encontra-se em consulta pública desde 27 de junho, que decorre até 24 de julho.


O prazo inicial terminava na segunda-feira, 10 de julho, mas foi prorrogado por 10 dias úteis pelo presidente do conselho diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).


De acordo com a plataforma Participa, até ao momento foram submetidas 22 participações na consulta pública.


"Estou preocupado porque, de facto, as desvantagens também afetam Boticas. Uma das escombreiras está mesmo no limite do concelho e preocupa-me tanto o Rio Beça, que está praticamente destruído, como as Águas de Carvalhelhos", explicou o autarca.