A organização informou que a primeira floresta Miyawaki no município de Cascais será plantada ao lado do ‘campus’ da Nova SBE (School of Business and Economics), em Carcavelos, segundo o método japonês pioneiro na plantação de árvores “para criar pequenas florestas, com o objetivo de desacelerar as mudanças climáticas, criar pontos críticos de biodiversidade e combater o crescente número de ondas de calor”.

Na plantação, por voluntários, serão usadas 600 plantas de 32 espécies, em 200 metros quadrados de floresta.

A plantação é parcialmente financiada pelo Fundo AdaptCascais, criado pelo município para apoiar projetos locais de adaptação às alterações climáticas e valorizar a participação da sociedade civil na ação climática, que integra o Programa de Ação para a Adaptação às Alterações Climáticas aprovado pelo Governo.

As florestas Miyakawi são plantadas com três mudas por metro quadrado, imitando a natureza, com uma grande variedade de espécies nativas, desde as camadas herbáceas e arbustivas até árvores.

“À medida que as plantas crescem, preenchem todo o volume de espaço acima do terreno e criam uma floresta densa, com 30 vezes mais superfície foliar que as florestas tradicionais geridas pelo homem”, asseguram os promotores.

Em meio urbano, estas florestas podem “reduzir as temperaturas locais, melhorar a qualidade do ar, capturar carbono e melhorar a qualidade de vida dos moradores, além de criar um oásis natural para insetos e polinizadores, aves e mamíferos muito pequenos”, explicam os organizadores.

A Forest Impact é uma organização portuguesa, que tem como missão plantar florestas Miyawaki em ambientes urbanos e rurais, fundada em 2021 por profissionais formados pelo líder do movimento Florestas Miyawaki, Shubhendu Sharma.

O método também está a ser desenvolvido desde 2023 na freguesia de Algoz, concelho de Silves, numa plantação de 260 plantas de 18 espécies nativas do Algarve.