De acordo com o resumo do boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera(IPMA), foi registada uma onda de calor entre 15 e 20 de junho em 12 estações de um total de 90.

A segunda onda de calor foi registada a partir de 27 de junho e prolongou-se até aos primeiros dias de julho. Na quarta-feira, cerca de 59% das estações estavam em onda de calor.

No domingo, um novo extremo absoluto para o mês de junho em Portugal continental foi atingido em Mora, Évora, com a estação meteorológica a registar 46,6 graus Celsius (ºC).

O IPMA indica que uma onda de calor ocorre "quando, durante um período de pelo menos seis dias consecutivos, a temperatura máxima diária é superior em 5°C ao valor médio diário no período de referência".

O organismo refere que junho é o mês de verão em que as ondas de calor ocorrem com maior frequência em Portugal Continental.

No boletim climatológico, um documento preliminar com alguns indicadores, o IPMA diz que o mês de junho "classificou-se como muito quente e muito seco".

De acordo com o instituto, foi o terceiro junho mais quente desde 1931, com uma temperatura média do ar mais de 2,14ºC acima do normal.

As médias das temperaturas máxima e mínima do ar foram também superiores ao normal, 2,87°C e 1,40°C, respetivamente.

Foi também o quarto junho mais seco dos últimos 94 anos, com um total de precipitação abaixo do normal, cerca de 20% do valor médio, com seca meteorológica ligeira na região noroeste do território e no sotavento algarvio.

Durante o período de alerta de calor, que começou no passado sábado, foram registadas 69 mortes em excesso, sobretudo em pessoas com 85 ou mais anos, segundo dados preliminares da Secretaria de Estado da Saúde.