Durante as próximas semanas, o Governo será responsável pela redução de "mais 500 milhões de euros de impostos sobre o rendimento até 2025", tal como previsto no programa do Governo.

"Em termos de política migratória, vamos aprovar nos próximos dias uma proposta de revisão da Lei da Nacionalidade, uma proposta de alteração da Lei de Estrangeiros com implicações na limitação do acesso ao reagrupamento familiar, na simplificação do processo de repatriamento de imigrantes ilegais, e vamos voltar a propor a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na Polícia de Segurança Pública", anunciou, numa das passagens do seu discurso mais aplaudidas pelos deputados do PSD e do CDS-PP.

O primeiro-ministro afirmou ainda que o investimento na autoridade das forças de segurança e o reforço de meios são outras prioridades políticas.

"Até ao final do ano, esperamos que cerca de 1500 novos elementos da GNR e da PSP entrem em funções, dos quais cerca de 70% serão guardas e agentes e 30% oficiais, sargentos e chefes. Vamos também abrir novos procedimentos para a formação de 600 guardas da GNR e 800 agentes da Polícia de Segurança Pública", disse.

Quanto à redução dos impostos sobre o trabalho, Montenegro considerou-a "uma exigência de justiça social e de racionalidade económica".

"Por isso, nas próximas semanas, vamos decidir uma nova redução de 500 milhões de euros no IRS este ano de 2025. Esta nova redução aplicar-se-á até ao oitavo escalão, beneficiando os rendimentos mais baixos, mas sobretudo a classe média, a classe que está no ativo", disse.


No seu discurso de 17 minutos, o Primeiro-Ministro reafirmou também o compromisso que assumiu no seu discurso de tomada de posse sobre a defesa nacional.

"No quadro da NATO, Portugal propõe-se cumprir a meta de 2% do PIB em investimento na defesa até 2025, promovendo as indústrias nacionais de defesa e contribuindo para o crescimento económico, com o equilíbrio das contas públicas e a preservação das funções sociais do Estado", disse.