"A minha personagem é um pouco diferente da original, é um pouco mais moderna", disse a modelo e atriz em entrevista à Lusa, lembrando que Eve foi criada para os filmes "Super-Homem" de Richard Donner, produzidos entre 1978 e 1980.
"Ela parece ter uma essência quase infantil, muito pura", descreveu Sara Sampaio, que quis transmitir "aquele espanto que as crianças têm por tudo - é fantástico, tudo é novo e tudo é belo".
Para se preparar, Sara Sampaio assistiu a versões de Eva interpretadas anteriormente por Valerie Perrine e Andrea Brooks e apaixonou-se pela personagem.
A primeira impressão que o público tem de Eve Teschmacher é que ela é superficial, uma influenciadora digital com "as melhores roupas do filme", que não se interessa pelas consequências do que o bilionário Lex Luthor (interpretado por Nicholas Hoult) está a fazer.
No entanto, a personagem vai adquirir uma importância fundamental à medida que a história se desenrola e mostrar que tem mais camadas do que inicialmente mostrava.
"O que eu mais gosto na Eve é o facto de ela poder ser superficial. Acho que as pessoas não têm de ser só uma coisa", sublinhou Sara Sampaio. "Ela pode gostar de coisas bonitas e de cor-de-rosa, mas isso não significa que seja uma pessoa sem cérebro que não sabe o que está a fazer."
A sua aparência frívola acaba por ser uma forma de proteção, considerou a atriz. "O que ela mais quer na vida é segurança, e Lex Luthor obviamente dá-lhe isso, com o seu poder e dinheiro", indicou. "Mas no momento em que ela sente que essa segurança está em risco, ela tem um plano de reserva: cuidar de si mesma."
"Superman" é uma das maiores apostas da Warner Bros. Pictures e da DC Studios para este ano, e uma produção gigantesca do realizador James Gunn, com um orçamento estimado em 225 milhões de dólares (perto de 192 milhões de euros).
Este filme é também uma grande oportunidade para Sara Sampaio entrar em Hollywood, depois de participações esporádicas em produções mais pequenas como "At Midnight" de Jonah Feingold e "Crisis" de Nicholas Jarecki. Sampaio também trabalhou com realizadores como Bruno Gascon, no filme "A Carga" e na série "Sombra - Uma Mãe Sabe", transmitida na RTP, e Francisco Froes, na curta-metragem "Silêncio", que protagonizou.
"Isto é obviamente um sonho", declarou, classificando a experiência em "Superman" como "incrível" e muito para além das suas expectativas.
"Super-Homem", a que o realizador James Gunn chamou "uma carta de amor à banda desenhada", estreia hoje em mais de três dezenas de salas de cinema portuguesas.
O super-herói surgiu em 1938, na banda desenhada original de Jerry Siegel e Joe Shuster, e estreou-se no grande ecrã dez anos depois, realizado por Spencer Gordon Bennett e Thomas Carr, abrindo caminho para sagas, com as suas sequelas e novas versões.