"O mecanismo europeu [de proteção civil] é ativado como último recurso. Neste momento, em Vila Real, há nove meios aéreos a combater o incêndio, e nós temos uma equipa de 72 meios aéreos. Na semana passada, uma semana crítica, nunca chegámos a ter todos os meios aéreos empenhados", disse Rui Rocha em entrevista à SIC Notícias.
O secretário de Estado sublinhou ainda que muitas vezes os meios aéreos não conseguem responder devido às condições climatéricas e ao fumo, situação que se verificou nos incêndios de Ponte da Barca e Arouca.
"Até ao momento, não foi necessário acionar o mecanismo europeu. Se for necessário, fá-lo-emos certamente", disse, sublinhando que a situação "é semelhante em Espanha, França, Itália e Grécia".
Rui Rocha sublinhou ainda que "o mecanismo europeu não é um conjunto de recursos aéreos disponíveis" para cada país utilizar.
No domingo, o secretário-geral do Partido Socialista e ex-ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou que o Governo deveria ter ativado mecanismos de cooperação com a União Europeia para pré-posicionar meios aéreos para combater os incêndios.
O Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia ajuda os países da UE e os países terceiros a responder a emergências como catástrofes naturais, crises sanitárias ou incêndios, e os países podem pedir assistência a este mecanismo sempre que uma emergência ultrapasse as suas capacidades de resposta.
Quando questionado sobre as críticas de alguns autarcas sobre a falta de recursos, Rui Rocha disse que também foi autarca, acreditando que "para quem está no terreno em dificuldades e precisa de responder a uma situação dramática, todos os recursos são escassos".
O secretário de Estado afirmou ainda que os meios de combate a incêndios acionados foram os considerados "adequados" pelo comando operacional.
Portugal continental está em alerta máximo desde domingo e até quinta-feira devido ao elevado risco de incêndios.