Segundo a Pordata, Portugal foi ultrapassado pela Letónia na lista, que é liderada pelo Luxemburgo e pela Dinamarca, com os rendimentos mais elevados, de acordo com uma análise divulgada pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos por ocasião do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, hoje celebrado.
"Em 2023, cada contribuinte em Portugal declarou, em média, um rendimento mensal bruto de 1.155 euros, após a dedução do IRS", especificou a Pordata.
De acordo com os dados das declarações de IRS de 2023, a região metropolitana de Lisboa lidera o ranking do rendimento médio mensal mais elevado (1.375 euros), enquanto a região do Tâmega e Sousa tem o mais baixo (883 euros).
O município com o rendimento médio mais elevado é Oeiras (1 637 euros).
A taxa de risco de pobreza em Portugal caiu de 17% para 16,6% entre 2022 e 2023, o que equivale a 1,8 milhões de pessoas a viver em famílias com um rendimento mensal inferior a 632 euros por adulto.
Com base nos dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do Instituto Nacional de Estatística(INE), a Pordata refere que os seniores são o grupo etário com maior taxa de risco de pobreza, passando de 17,1% em 2022 para 21,1% em 2023.
Um em cada cinco idosos vive sozinho e tem um rendimento bruto inferior a 632 euros ou vive num agregado familiar pobre.
As famílias monoparentais com filhos continuam a ser "as mais vulneráveis", sublinha a Pordata.
Seguem-se as pessoas que vivem sozinhas, cuja taxa de risco de pobreza aumentou quase quatro pontos percentuais (de 24,9% em 2022 para 28,6% em 2023).
Entre os desempregados, 44% vivem em agregados familiares com rendimentos abaixo do limiar e "os reformados viram a taxa de risco de pobreza aumentar de 15,4% em 2022 para 19,6% em 2023", nota a Pordata.