“Teremos que fazer mudanças significativas nessas leis. O tempo de resposta deve ser o estipulado por lei. Atualmente, a revisão média do PDM é de mais de cinco anos. Adotaremos uma postura mais agressiva em termos de planejamento do uso do solo, inclusive em relação às licenças de construção”, disse Manuel Castro Almeida, também ministro da Economia, durante uma audiência processual na Comissão de Reforma do Estado e Governo Local da Assembleia da República
, em Lisboa.O responsável disse que, em relação à revisão do PDM, “a solução não é aumentar o número de técnicos, mas reduzir os procedimentos”.
Uma revisão semelhante está sendo preparada “para garantir menores atrasos na concessão de licenças de construção”, acrescentou.
“Teremos que fazer muitas escavações para resolver esse problema”, enfatizou.
Castro Almeida observou que o problema do PDM “está sob a supervisão do governo”.
“Trabalhar nisso será uma prioridade. Tenho uma reunião com os presidentes dos Comitês de Coordenação e Desenvolvimento na quinta-feira, e isso pode ajudar a definir um cronograma”, disse ele, em resposta às perguntas sobre prazos do representante da IL,
Carlos Guimarães Pinto.O ministro disse que tem uma meta “muito ambiciosa”, mas que “levará tempo”.
“Se chegarmos ao final da legislatura cumprindo os prazos legais, seria um resultado notável. Não cumprir esses prazos até o final da legislatura seria ficar no meio de uma meta. Mas com certeza faremos progressos”, assegurou.
O problema, ele indicou, “vem se acumulando ao longo dos anos” e “precisamos começar a reverter o ciclo”.
“Precisamos de prazos cada vez mais curtos para alcançar uma situação normal”, explicou.
Jorge Botelho, representante do Partido Socialista, observou que “os poderes das câmaras são limitados em muitos assuntos, e a culpa é do governo”.
“Em relação à simplificação, concordamos. As prefeituras e os prefeitos não têm culpa alguma. Se a lei for clara e objetiva, o prefeito pode emitir ordens porque quer que o território se desenvolva”, disse.