Depois deste investimento, a empresa gestora espera faturar 2,3 milhões de euros este ano, disse o diretor, Hélder Silva. "Em termos de faturação, por temporada é sempre na razão dos 2,3 milhões de vendas. [...] Este ano esperamos voltar a esses números em termos de faturação, e a termos um nível de resultados em que consigamos nivelar os resultados com base nessa nova normalidade”, acrescentou.

Hélder Silva explicou ainda que durante a pandemia a empresa efetuou investimentos na ordem de 1,5 milhões de euros que nos últimos dois anos, acrescentando que espera o retorno do investimento numa perspetiva de médio e longo prazo.

O diretor do parque, que se prevê abrir a 1 de junho, reconhece que não é possível "recuperar o investimento num ano ou dois", mas salvaguardou que "nunca foi esse o objetivo", pois "com esta situação da pandemia, nunca o seria".

As recentes alterações no parque compreendem um aumento da capacidade total do parque, que este ano irá permitir receber 2500 pessoas, em vez de 1700. Além disso, esperam-se também "atrações novas" tanto para adultos como para crianças, e ainda a junção da piscina de ondas ao complexo, após obras de ampliação.

"Aumentámos os espaços verdes exatamente para as pessoas poderem estender as suas toalhas e estarem mais à vontade a fazerem as suas refeições", destacou ainda o diretor.

O parque está agora pronto para receber 180 mil pessoas durante a temporada de abertura deste ano (fim de maio a meados de setembro), de acordo com as previsões orçamentais da empresa gestora, que replicou o modelo de 2019 "por uma questão de prudência".

No entanto, Hélder Silva encontra-se otimista devido à "necessidade que as pessoas têm, neste momento, de se divertirem”. Confrontado com o contexto de crise e de guerra, o diretor do parque de Amarante assinalou que este contexto até pode beneficiá-lo

"Muita gente acaba por ficar na região, e a região do Norte de Portugal e Galiza acaba por ser um mercado de proximidade, regional", apontou, salientando que uma ida ao parque num dia "não é algo que mexa tanto no orçamento mensal das famílias" quanto "tirar uma semana de férias" fora.

Hélder Silva referiu ainda que espera um aumento dos visitantes emigrantes e galegos, já que este ano existem menos restrições às viagens internacionais.

"Isso acho que vai trazer, por um lado, uma maior afluência dos emigrantes e também dos próprios turistas aqui de Espanha, para além dos outros turistas holandeses, ingleses, franceses que estão no Porto, e mesmo em Lisboa", apontou.

Questionado acerca da concorrência de outros parques aquáticos na região, nomeadamente em Fafe (distrito de Braga) e em Vila Real, Hélder Silva saudou a existência de um cluster regional, e que o seu maior concorrente no Norte "se calhar é a praia da Espinho, ou a praia de Matosinhos".