O comunicado das associações ambientalistas
surge na sequência de uma notícia recente, segundo a qual proprietários
florestais e indústrias da celulose pediram o aumento da área de eucalipto e de
outras espécies de árvores de crescimento rápido em zonas de mato abandonadas
para reduzir o risco de incêndio e desenvolver o setor.
A nota de repúdio surge após as
declarações dos empresários à agência Lusa, em que empresários afirmaram que se
deveria aumentar as áreas de eucalipto e não as reduzir. Luís Damas, presidente
da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) e a
Associação da Indústria Papeleira – Celpa defendem a plantação de mais
eucaliptos nas matas portuguesas.
Segundo os ambientalistas a proposta é
baseada em “interesses financeiros insustentáveis”, que não trarão benefícios
para a população em geral. Não obstante, a Acréscimo e a Zero mencionam que
Portugal já tem a maior área de eucaliptos relativa, comparando ao resto do
mundo. Acrescentam ainda que a árvore é mais inflamável, assim como propícia à
propagação de pragas e doenças.
Ao contrário dos empresários, os
ambientalistas esperam que o Governo reduza a área de eucaliptos nas matas
portuguesas.