Depois de ter sido adiado, a partir desta quarta-feira cerca de 20 mil professores já podem concorrer para transitarem para os novos Quadros de Zona Pedagógica (QZP), que passaram para 63 na sequência do novo modelo de recrutamento e colocação, tendo em vista diminuir a distância que os docentes percorrem para dar aulas.


Em causa está o decreto-lei que regula o novo modelo de recrutamento e colocação de professores, aprovado em março do ano passado sem a “bênção” dos sindicatos. Entre as medidas previstas neste novo regime consta a reconfiguração nos QZP que passam de 10 para 63, de modo a que os docentes passem a percorrer distâncias máximas de 50 km.


De notar que a partir do momento em que um professor vincula, começa a ficar afeto a um QZP. Deste modo, na prática, estes docentes podem ser colocados em qualquer uma das escolas abrangidas por essa zona, o que anteriormente obrigava a que percorressem distâncias entre 100 a 200 km para lecionar. O objetivo, com esta medida, é, por isso, reduzir estas distâncias.


De acordo com o ECO, este concurso destina-se a todos os professores e educadores nestas circunstâncias, à exceção dos docentes que entraram para o quadro ao abrigo da vinculação dinâmica. Em causa estão cerca de 20 mil docentes, de acordo com as estimativas da Fenprof.


Este concurso esteve para ter início na passada sexta-feira, dia 29 de dezembro. No entanto, a Fenprof demonstrou desagrado, pois o concurso “é lançado e tem início em plena interrupção letiva, o que poderá dificultar ou impossibilitar a informação de chegar a todos os interessados” e considerando que “esta não deveria ser a semana para o início deste ou qualquer outro concurso”. Por isso, instou o Governo a alargar o prazo.