Para quem está à procura de um quarto, há boas e más notícias. A oferta deste tipo de alojamento aumentou 57% num ano, mas os preços também, segundo uma análise publicada pelo idealista.
A renda média de um quarto ronda atualmente os 450 euros por mês.
Analisando os dados relativos à oferta de quartos por cidade, verifica-se que o aumento do stock foi bastante acentuado no último ano, sendo que a maior parte do aumento foi superior a 25%. O maior aumento registou-se em Castelo Branco (112%), seguido de Lisboa e Porto (76% em ambas as cidades), Viseu (51%), Coimbra (40%), Santarém (29%), Vila Real (24%), Braga (5%), Viana do Castelo (3%) e Leiria (1%). Das cidades consideradas, a publicação de anúncios de quartos para arrendar diminuiu no Funchal (-73%), seguido de Évora (-36%), Setúbal (-15%), Faro (-14%), Aveiro (-11%) e Guarda (-5%).
Apesar do aumento do stock, os preços dos quartos para arrendar aumentaram em todas as cidades analisadas. Foi no Funchal, na Madeira, que os preços mais aumentaram, com os quartos a ficarem 60% mais caros do que há um ano. Seguem-se Faro (33%), Aveiro (29%), Viseu (25%), Setúbal (22%), Évora (20%), Guarda (18%), Porto (17%), Braga (17%), Leiria (12%) e Castelo Branco (10%). Com aumentos de preços inferiores a 10%, encontram-se Santarém (9%), Viana do Castelo (8%), Coimbra (7%), Lisboa (6%) e Vila Real (2%).
Lisboa continua a ser a cidade com os quartos mais caros de Portugal, onde os preços rondam em média os 550 euros por mês, seguida do Porto (445 euros por mês), Funchal (400 euros por mês), Faro (400 euros por mês), Setúbal (365 euros por mês), Aveiro (360 euros por mês), Braga (350 euros por mês), Évora (335 euros por mês), Viana do Castelo (325 euros por mês), Coimbra (300 euros por mês) e Santarém (300 euros por mês).
Por outro lado, de toda a amostra analisada, as cidades mais baratas para alugar um quarto são Guarda (177 euros por mês), Castelo Branco (222 euros por mês), Vila Real (235 euros/mês), Viseu (250 euros por mês) e Leiria (280 euros por mês).
Não só para estudantes
Os dados publicados neste relatório mostram que o arrendamento de um quarto não é apenas uma opção de alojamento para os estudantes, mas está a tornar-se também a opção escolhida pelos jovens nos seus primeiros anos no mercado de trabalho e, em alguns casos, mesmo mais tarde.
A realidade atual do mercado de arrendamento português nas grandes cidades faz com que muitos solteiros ou separados tenham dificuldade em suportar os custos de uma casa, por exemplo, tornando o arrendamento de um quarto a opção de habitação mais vantajosa.
Por outro lado, a partilha de casa continua a ser um incentivo para muitos jovens que querem ser independentes e sair de casa dos pais, uma tendência que se prevê que aumente nos próximos anos, tendo em conta não só a necessidade de maior mobilidade, mas também os preços das casas para comprar, o custo de vida e o valor das taxas de juro aplicadas ao crédito à habitação.