"Apesar dos ligeiros decréscimos face ao mesmo mês do ano passado (-1,7% nos hóspedes e -2,2% nas dormidas), explicados sobretudo pela redução da procura internacional, o mercado interno manteve a sua trajetória de crescimento, sustentando a atividade turística no final da época alta", segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística(INE), diz a Região de Turismo do Algarve.
As receitas totais atingiram os 232,3 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 4,4%, confirmando a resiliência do destino e o seu peso decisivo no turismo nacional.
A duração média da estadia foi de 3,98 noites, a segunda mais elevada do país, logo a seguir à Madeira. O ADR (rendimento médio por quarto ocupado) atingiu 151,90 € (+5,9%), também o segundo valor mais elevado entre as regiões, apenas superado pela Grande Lisboa, enquanto a taxa de ocupação quarto se fixou em 72,8% (-1,3 p.p.).
Segundo o Turismo do Algarve, as variações observadas em setembro "não tiveram um impacto significativo nos resultados do trimestre de verão (julho a setembro), cujo saldo global se manteve positivo na generalidade dos indicadores face ao período homólogo de 2024".
No acumulado do trimestre, o número de hóspedes aumentou +1,7%, com crescimento tanto entre os residentes (+3,3%) como entre os não residentes (+1,0%). As dormidas registaram um aumento de +0,4%, impulsionadas pelo mercado interno (+3,0%), que compensou o ligeiro decréscimo dos visitantes estrangeiros (-0,7%).
A estada média foi de 4,17 noites (-1,3% face ao trimestre homólogo do ano anterior) e a taxa de ocupação quarto foi de 75,8% (-0,8 p.p.). Apesar destes ajustamentos, o trimestre apresentou uma evolução muito positiva nos proveitos, que cresceram +6,6%, acompanhados por um aumento significativo de +7,1% na ADR, consolidando o bom desempenho económico do destino no pico da época alta.
"Os portugueses continuam a eleger o Algarve como o seu principal destino de férias de verão, o que é motivo de grande satisfação", sublinha André Gomes, presidente do Turismo do Algarve.
"Num contexto internacional mais desafiante, o turismo interno voltou a afirmar-se como um pilar essencial do sector, garantindo resultados positivos e contribuindo decisivamente para o bom desempenho da região e para o equilíbrio da atividade ao longo do trimestre", concluiu.






