O ranking de desempenho de 2024 está compilado no Anuário Financeiro Municipal, que contabiliza apenas 86 com um nível de eficiência satisfatório.
"Apenas 86 municípios (13 grandes, 27 médios e 46 pequenos) atingiram um nível considerado satisfatório em termos de eficácia e eficiência financeira, ou seja, alcançaram pelo menos 50% da pontuação total possível" em 2024, segundo o documento, elaborado pelo Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (CICF/IPCA) com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) e do Tribunal de Contas (TdC).
De acordo com o anuário, "um total de 222 municípios obteve uma pontuação inferior a 950 pontos (menos de 50% da pontuação total)" e "a maioria dos restantes municípios (58 em 86) obteve uma pontuação entre 50% e 70% da pontuação total".
O ranking do Anuário Financeiro tem por base uma pontuação que pode ir até aos 1.900 pontos, englobando dez indicadores: índice de liquidez, rácio entre o EBITDA (receitas antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e as receitas operacionais, peso do passivo corrente no ativo, passivo por habitante, taxa de cobertura financeira das despesas realizadas no exercício, prazo médio de pagamentos, grau de execução da derrama efectiva, índice de dívida total 2021, índice de superavit e impostos diretos por habitante.
Assim, nos municípios de grande dimensão, a lista é liderada por Sintra (distrito de Lisboa), com 1.695 pontos, seguida da Maia (Porto), com 1.683 pontos e da Amadora (Lisboa), com 1.554 pontos. Entre os municípios de média dimensão, o ranking é liderado por Abrantes (Santarém), com 1.554 pontos, seguido de Tavira (Faro), com 1.504 pontos, e Castelo Branco, com 1.493 pontos.
Nos municípios mais pequenos, o ranking é liderado por Óbidos (Leiria), com 1.606 pontos, seguido de Murtosa (Aveiro), com 1.583 pontos, e Santa Cruz das Flores (Região Autónoma dos Açores), com 1.573 pontos.
Dos 100 municípios com melhor classificação, "13 são de grande dimensão, 35 são de média dimensão e 52 são de pequena dimensão", concluindo assim o anuário que na lista dos 'top 100' estão "representados 50% dos municípios de grande dimensão, 36,5% dos municípios de média dimensão e 28% dos municípios de pequena dimensão".
"Constata-se, assim, que os municípios de pequena dimensão são os que mais dificuldade têm em figurar no ranking dos 100 melhores municípios, em termos de eficácia e eficiência financeira, situação justificada, essencialmente, pelo baixo valor das suas receitas próprias, nomeadamente as provenientes de impostos", lê-se no documento.
Por distrito, "verifica-se que os distritos de Faro e Lisboa, bem como a Região Autónoma da Madeira, conseguem incluir metade ou mais dos seus municípios na lista dos 100 municípios com melhor avaliação global em termos de eficácia e eficiência financeira", lê-se no documento.








