“Sim, o tempo médio de espera aumentou. E por quê? Em 4 de maio de 2024, ocorreu um incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo em Ponta Delgada”, explicou Seidi durante um debate parlamentar realizado na Horta, após uma declaração política

do partido Chega.

O secretário de saúde acrescentou que, juntamente com o incêndio no maior hospital da região, também foram realizados trabalhos de renovação na sala de cirurgia do Hospital do Santo Espírito, na Ilha Terceira, enquanto o sistema de ventilação do Hospital da Horta, na Ilha do Faial, foi substituído.

De acordo com o boletim de julho do Sistema Integrado de Gestão da Lista de Espera Cirúrgica dos Açores (SIGICA), o tempo médio de espera por cirurgia nos três hospitais aumentou 39 dias em comparação com o ano passado, e o número de pacientes aguardando procedimentos aumentou em 1.680.

“Mês após mês, o tempo médio de espera continua aumentando”, lamentou o deputado socialista José Toste, acrescentando que a situação dentro do serviço regional de saúde agora se assemelha à de 2019.

A questão foi levantada pela deputada do Chega, Hélia Cardoso, que criticou a coligação governativa (PSD/CDS-PP/PPM) pela falta de transparência em relação aos dados de saúde. Ela observou que o governo lançou um portal de indicadores de saúde pública em março de 2024, mas descreveu os dados publicados como “pouco ambiciosos” e insuficientes

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O deputado do Bloco de Esquerda, António Lima, acusou o executivo de “esconder o verdadeiro estado” do sistema regional de saúde, enquanto a deputada do PSD, Salomé Matos, rebateu que há desenvolvimentos positivos, notadamente um aumento na cobertura médica de família, que agora se aproxima de 80% no Faial, acima dos 66%.