O recente aumento da análise de cores nas redes sociais, que mostra as pessoas a "pintarem-se", começou a dominar as conversas sobre estilo pessoal e guarda-roupas cápsula.

Quer se trate de um tom "primaveril" ou "invernal", "quente" ou "frio", o debate sobre quais os tons de verde ou azul que se adequam a cada subtom continua, mas uma questão mais pertinente merece igual atenção: quais os neutros que realmente lhe ficam bem?

Os neutros podem passar despercebidos nos resumos de tendências, mas não são insignificantes quando se trata de cavalos de batalha do guarda-roupa.

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Como diz a designer e podcaster Amanda Wakeley OBE - "os neutros são os heróis silenciosos de qualquer guarda-roupa". Ela acredita que "encontrar os neutros certos para o seu tom de pele é tão importante como descobrir as suas cores mais lisonjeiras".

Quando bem escolhidas, "tornam-se a base do seu estilo - peças a que recorremos vezes sem conta porque nos fazem sentir confiantes e à vontade".

Por isso, aqui está um guia especializado sobre como encontrar os neutros perfeitos para si.

Subtons e o "teste do brilho

Decodificar se a sua pele se adequa a neutros quentes ou frios pode parecer um teste impossível, até perceber que muitas vezes é mais instintivo do que científico.

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A lógica só nos leva até certo ponto, diz a personal stylist Deborah Sheridan-Taylor, que aconselha a despir as coisas. "Remova toda a maquilhagem e use a luz natural do dia.

"Segure a peça de roupa diretamente sob o queixo - se fizer com que a sua pele pareça brilhante e saudável, está na sua zona; demasiado cansada ou pálida, não está.

"Está à procura daquele momento de brilho instantâneo, em que o seu rosto ganha vida, em vez de desaparecer. Mais uma vez, isto é muito mais determinado por um sentimento."

Wakeley aconselha a olhar para além do tom de pele, observando: "A cor do seu cabelo também será um fator, especialmente se pintar o cabelo."

Ela sugere algumas pistas. "Se se queima facilmente, é provável que tenha um subtom mais frio e se se bronzeia facilmente, é mais provável que tenha um subtom mais quente."

Até a cor dos olhos pode desempenhar um papel importante - "os olhos azuis ou verdes são frequentemente associados a subtons mais frios, enquanto os castanhos e avelã podem ser associados a subtons mais quentes."

Mas uma das formas mais simples de verificar é através das jóias. "Se tende a brilhar em dourado, é provável que combine com tons mais quentes, como camelo e marfim. Se a prata a favorece mais, os tons neutros frios como o cinzento pomba, o carvão ou o branco nítido são muitas vezes os seus aliados."

Mas Wakeley adverte para não ser demasiado rígido - por vezes, o que importa é como se sente num tom, e não apenas como se lê.

Combinar o tom com a tez

Depois de conhecer o seu subtom ou estação, a próxima tarefa complicada é saber que tons neutros escolher exatamente.

Wakeley considera que "para a pele clara, os cinzentos suaves, os taupes e os neutros em tons de blush são lindamente refinados".

As peles cor de azeitona, diz ela, "ganham vida com marfins cremosos, caramelos quentes e caquis", enquanto "as peles mais profundas ficam extraordinárias com café expresso rico, areia ou branco luminoso".

O branco é, de facto, o neutro mais complicado de todos. "O branco ótico é um branco puro e brilhante, com um tom ligeiramente azulado que o faz parecer ainda mais brilhante contra a pele", diz Sheridan-Taylor, "enquanto um verdadeiro off-white tem uma tonalidade amarelada ou mais quente como o marfim."

Portanto, se tiver um subtom mais frio - ou se usar jóias de prata - opte por um branco puro. Mas se estiver a usar jóias de ouro ou tiver um tom mais quente, opte por um branco marfim, que irá favorecer mais o seu tom de pele.

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Quando o bege a trai

Embora todos os beges, castanhos ou cinzentos possam ser azuis, não são todos iguais.

O bege errado pode fazer com que pareça mal disposta e drenar o calor do rosto. A textura, insiste Wakeley, pode ser transformadora. "Se o bege parecer demasiado plano, experimente tons de aveia mais quentes ou tons suaves de biscoito."

O mesmo se aplica ao cinzento, observa ela, "se os cinzentos o drenam, opte por um cogumelo fumado ou um tom de pedra suave - algo com um toque de calor. Até a adição de textura - um acabamento em boucle, seda ou caxemira - pode transformar a forma como um neutro se conjuga com a pele."

Se não gosta dos neutros clássicos como os castanhos, cinzentos e brancos, Sheridan-Taylor diz que há alguns tons que são neutros desconhecidos.

"O caqui é uma alternativa neutra maravilhosa [...] O marinho é o herói desconhecido da família dos neutros [e] o castanho e o argila são também tons neutros maravilhosos - adaptáveis a qualquer combinação."

Os novos neutros

Pode pensar que os neutros são tons intemporais que regressam ano após ano, mas, tal como o caqui, o azul-marinho e o castanho, Sheridan-Taylor salienta que há alguns tons que se tornam neutros de tendência.

Se tem andado de olho nas passerelles - ou mesmo nas ruas - nos últimos tempos, terá reparado que o castanho é o novo preto.

Wakeley diz que o castanho chocolate é "sem dúvida um novo neutro", chamando-lhe "surpreendentemente lisonjeiro numa vasta gama de tons de pele.

"Combina lindamente com blushes suaves e azuis pálidos, bem como com cores mais fortes como o vermelho batom e o verde musgo."

Se ainda quiser manter os seus fiéis beiges, cinzentos e brancos, mas quiser actualizá-los, Sheridan-Taylor diz que "um neutro é apenas um neutro até se tornar um neutro transparente".

A transparência, diz ela, transforma os clássicos em algo moderno. "Uma saia bege transparente, usada com uma malha de caxemira cinzenta de grandes dimensões [...] agora é que é falar."

Até as malhas transparentes em camadas sobre coletes monocromáticos estão de volta, evocando as tendências semi transparentes de inspiração grunge dos anos noventa.