Segundo dados oficiais das autoridades sauditas, em janeiro deste ano 1.200 cidadãos portugueses possuíam cartões de residência no país, disse Nuno Mathias, em declarações à Lusa, durante uma visita oficial do ministro da Economia e Coesão Territorial, Castro Almeida, à capital saudita esta semana.

Os portugueses residentes no reino saudita estão espalhados por todo o país e trabalham “em praticamente todos os setores”, como esportes, arquitetura, engenharia, tecnologia, consultoria, medicina, enfermagem ou ensino superior, listou o diplomata.

A presença portuguesa é particularmente notável na liga árabe de futebol, onde o português é a segunda língua mais falada — entre jogadores, notadamente Cristiano Ronaldo, jogador do Al-Nassr, e membros de comissões técnicas.

“É essencialmente uma comunidade de expatriados, muito integrada e envolvida”, comentou Nuno Mathias.

Segundo o embaixador, “em todos os megaprojetos, há um português”, referindo-se aos grandes projetos urbanos e culturais em andamento no país, no âmbito da chamada 'Visão 2030', um plano estratégico lançado em 2016 pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman para diversificar a economia do país além do petróleo.

Esse plano inclui projetos como a Expo 2030; a Copa do Mundo de 2034; Qiddiya, um futuro centro esportivo e de entretenimento que incluirá o futuro estádio e centro de treinamento de Al-Nassr; e King Salman Park, que deverá se tornar o maior parque urbano do mundo, na capital saudita. A cidade futurista de Neom ou projetos de turismo de luxo na costa do Mar Vermelho

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O embaixador destacou que a comunidade tem sido “um grande apoio na promoção da cultura portuguesa”, com a organização de eventos culturais, séries de filmes e apresentações musicais.