A empresa acrescentou, no entanto, que: "Infelizmente, não haverá crescimento da Ryanair em Lisboa este inverno devido às taxas excessivas e não competitivas da ANA e à incapacidade do monopólio aeroportuário de expandir a capacidade na Portela, o que impede o crescimento do tráfego, do turismo e do emprego em Lisboa".

A Ryanair apela ao Governo Português para expandir urgentemente a capacidade para garantir a competitividade de Lisboa, e insta a ANA a "melhorar a sua competitividade reduzindo as suas taxas excessivas e abandonando a proposta absurda de ter os passageiros do Aeroporto da Portela a financiar o Aeroporto de Alcochete pagando taxas mais elevadas 12 anos antes de poderem utilizar o novo aeroporto".

Expansão

Segundo a empresa, a Ryanair continua a crescer em Portugal, esperando transportar 14 milhões de passageiros (+6%) em 2025, e apresentou ao Governo português planos ambiciosos para duplicar o tráfego para 28 milhões de passageiros por ano, com base em 16 novos aviões Boeing MAX-10 (investimento de 1,6 mil milhões de dólares) e na criação de 500 novos postos de trabalho para pilotos, tripulantes e engenheiros portugueses até 2030.

O CEO da Ryanair, Michael O'Leary, afirmou: "A Ryanair continua a crescer nos aeroportos regionais de Portugal este inverno, operando 121 rotas, incluindo quatro novas (Porto-Gotemburgo e Varsóvia, Faro-Cracóvia, e Madeira-Shannon), adicionando frequências em mais de 30 rotas existentes, e baseando dois aviões adicionais (um investimento de $200 milhões) este inverno na Madeira e em Faro. Infelizmente, não há crescimento em Lisboa devido às taxas excessivas do monopólio da ANA e à sua repetida incapacidade de aumentar a capacidade na Portela".

A Ryanair é "uma grande companhia aérea em rápido crescimento pós-COVID em Portugal. Podemos duplicar o tráfego português para 28 milhões de passageiros por ano nos próximos cinco anos, criando um crescimento económico e de emprego significativo. Mas sem uma ação urgente do governo e da ANA, este crescimento irá deslocar-se para aeroportos de baixo custo e outros países europeus".