A informação foi partilhada por Pedro Bogas durante uma audição realizada pela 8ª comissão permanente da Assembleia Municipal de Lisboa, sobre a atividade da empresa, no âmbito de uma recomendação apresentada pela Iniciativa Liberal.
A atual rede Carris, denominada “Rede 7”, foi implementada em 2006.
Pedro Bogas reconheceu aos deputados da comissão que a atual rede Carris “não tem acompanhado a dinâmica e as rotas de mobilidade da cidade”, justificando a necessidade de implementar uma nova.
No entanto, o executivo alertou que é um “processo muito complexo” e “difícil de implementar”, estimando que ele começará em 2026 e será concluído em 2030.
Durante a audiência, o presidente da Carris também reconheceu a existência de vários problemas que afetam o serviço de transporte, nomeadamente a falta de painéis informativos nas paragens e os atrasos de muitas rotas.
De acordo com dados do relatório e contas da Carris 2024, a velocidade média dos ônibus e bondes tem diminuído, uma situação que é justificada pelo tráfego excessivo, estacionamento precário, ocupação indevida de faixas de ônibus e obras na cidade de Lisboa.
Em relação aos painéis informativos nos pontos de ônibus, ele reconheceu que o processo de aquisição será “gradual”, mas que eles serão mais adaptados à realidade atual.
Sobre novas carreiras e projetos, Pedro Bogas mencionou um estudo que está sendo desenvolvido para a criação de uma linha de bonde que liga as áreas da Alta de Lisboa a Entrecampos e Terreiro do Paço ao Parque Tejo, a chamada 16 E, em um canal dedicado.
Sobre a ligação entre a Alta de Lisboa e Entrecampos, o presidente da Carris destacou que este projeto ainda está em fase de estudo, mas expressou confiança de que terá “boa procura”, pois está numa área com pouca oferta.
Em relação ao projeto designado 16 E, que já havia sido apresentado publicamente, Pedro Bogas apenas indicou o cronograma previsto, indicando sua conclusão para 2028.
Em 1º de abril deste ano, a Carris anunciou que o Terreiro do Paço, em Lisboa, e o Parque Tejo, em Loures, seriam conectados a partir de 2028 por meio de um bonde em um canal dedicado, em um investimento de 160 milhões de euros.
O bonde 16 E faz parte do desenvolvimento do projeto chamado Linha Intermodal Sustentável (LIOS), sem data prevista de conclusão.