E tudo indica que esta pressão sobre a habitação vai continuar, uma vez que se prevêem "restrições persistentes da oferta" até 2027.

Relativamente à subida dos preços das casas no último ano, Bruxelas reconhece que "vários países, nomeadamente Bulgária, República Checa, Espanha, Croácia, Hungria e Portugal, mantiveram taxas de crescimento anual de dois dígitos, impulsionados por uma forte procura e por constrangimentos na oferta", segundo o Diário de Notícias. Dentro deste leque de países do sul e leste da Europa, Portugal, Espanha e Croácia foram identificados como os casos mais graves.

"As pressões sobre a acessibilidade dos preços continuam elevadas, uma vez que os preços das casas aumentaram mais rapidamente do que os rendimentos das famílias em muitos países, especialmente nos centros urbanos", alerta a Comissão Europeia.

Este aumento acentuado dos preços da habitação deve-se, como admite Bruxelas, a restrições persistentes da oferta em vários países, numa altura em que "as licenças de construção e as habitações concluídas permanecem a níveis historicamente baixos".

E não se prevê que a situação se altere a médio prazo. "Embora se espere uma recuperação gradual do investimento em habitação, o ajustamento será lento, mantendo os mercados condicionados a curto prazo", pelo que "as restrições persistentes da oferta deverão manter as pressões sobre os preços elevadas até 2026-2027", diz Bruxelas, citada pelo mesmo jornal.