Dados do Instituto Nacional de Estatística(INE) revelam que o preço dos imóveis comerciais transaccionados continuou a aumentar durante 2024 (4,7%), mas abrandou no ritmo de crescimento face ao ano anterior, tendo o custo dos imóveis comerciais crescido muito menos do que o preço das casas.
"Em 2024, os preços dos imóveis comerciais transacionados continuaram a aumentar, embora se tenha registado um abrandamento, com a taxa de variação média anual do Índice de Preços dos Imóveis Comerciais (IPPCom) a diminuir de 5,5% em 2023 para 4,7% em 2024" (-0,8 pontos percentuais), revela o INE.
Como se tem observado nos últimos anos, os preços dos imóveis comerciais têm crescido a um ritmo mais lento do que os residenciais. "No último ano, o mercado da habitação (...) registou um crescimento dos preços que foi praticamente o dobro do observado nos imóveis comerciais", conclui o INE. Em concreto, os preços da habitação subiram 9,1% em 2024, mais 4 pontos percentuais (p.p.) do que o custo dos imóveis comerciais - e esta diferença é ainda maior, de 1,7 p.p., face ao ano anterior, segundo um relatório do idealista.
Durante o ano de 2024, as famílias realizaram 134.540 transacções, mais 15,2% do que no ano anterior. Mas as vendas de casas realizadas por outros sectores institucionais, nomeadamente empresas, também cresceram, evidenciando a atratividade da habitação para investimento, por exemplo.
No ano passado, os outros sectores institucionais compraram 21.785 casas, mais 10,3% do que no ano anterior. E o montante movimentado também aumentou 13,1% num ano, para 5,1 mil milhões de euros.
Quanto aos preços das casas compradas pelas empresas, "registou-se um aumento anual de 5,1% no primeiro trimestre, abrandando para 2,7% no segundo trimestre. Na segunda metade do ano, o crescimento dos preços foi mais intenso, atingindo 4,1% e 5,2%, respetivamente, no terceiro e quarto trimestres".
Em suma, o INE conclui que, em 2024, o preço das casas em Portugal (geral) cresceu mais do que o preço relativo às aquisições de habitação por outros sectores institucionais.