“Obviamente, temos um problema nas fronteiras [as filas de espera] e estamos trabalhando intensamente com a ANA para redesenhar a área de embarque para facilitar. Mas — eu era um passageiro muito frequente — ninguém pode ficar feliz com a experiência de passageiro hoje em dia nos aeroportos nacionais”, disse Hugo Espírito Santo, em Macau

.

O governador falava no 50º Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), após a audiência ouvir o presidente do Conselho de Administração da ANA — Aeroportos de Portugal lembrar que o aeroporto de Lisboa movimenta 36 milhões de passageiros e foi projetado para 22 milhões.

“Estamos em um processo de melhoria constante das instalações. (...) É uma operação permanentemente aberta”, disse José Luís Arnaut, citando

restrições de vários tipos.

Ambos já haviam mencionado as filas de espera para o controle de fronteiras como um problema sério em Lisboa.

O Secretário de Estado diz que isso não justifica tudo.

“Acho que, além de tudo o que estamos fazendo [em termos de melhorias], temos aeroportos apertados, com corredores estreitos, com indicadores errados do ponto de vista da qualidade do serviço, até mesmo do ponto de vista da entrega de bagagem”, alertou o governador.

“Problemas”

“Tivemos repetidamente alguns problemas com os tempos de espera nas máquinas de raio-X, com passageiros com mobilidade reduzida (...). E hoje em dia, temos enormes problemas com os tempos de espera. Também devemos observar e lembrar que isso não é apenas um problema com passaportes e fronteiras. Também é necessário analisar e reavaliar o que constitui qualidade de serviço nos aeroportos. E isso é algo em que também temos insistido: nós [o poder executivo] e a ANAC [o regulador] com a ANA, para realmente dar um salto qualitativo aqui”, explicou

.

Hugo Espírito Santo destacou a necessidade de sempre ter a segurança presente nesse setor.

“Eu olho os dados de segurança que a NAV [controle de tráfego aéreo] e a ANAC me dão. Resumindo, isso me deixa um pouco preocupado. São máquinas que estão muito próximas do limite e, por isso, tenho algumas preocupações”, admitiu.

Mais cedo, o funcionário havia garantido que o poder executivo está monitorando de perto as filas no aeroporto de Lisboa, admitindo que elas são uma vergonha para o governo, que espera tê-las resolvido até o verão.

“A situação na fronteira é uma vergonha para o governo. Não há outra maneira de descrever isso. Temos que ser humildes sobre o que fazemos e, neste momento, é uma vergonha, e a única coisa que poderia ser feita é pedir desculpas”, disse

ele.